8 de junho de 2006

Anvisa fiscaliza Propaganda de Medicamentos


Criar campanhas para medicamentos "over-the-counter" (OTC) - aqueles que estão fora do balcão da farmácia e não precisam de receita médica - exige cuidados. "Não estamos lidando com refrigerantes nem salgadinhos", diz Wilson Pereira, diretor de planejamento e atendimento da AlmapBBDO. Há sete anos, ele é responsável pela conta da Bayer, fabricante da Aspirina.

A Anvisa controla de perto as propagandas desde 2000. Um novo texto está em estudo, deve ser submetido a audiência pública e reformulado até o início de 2007. "Estamos avançando na qualidade das peças publicitárias", afirma Maria José Delgado Fagundes, gerente de monitoração e fiscalização de propaganda da Anvisa.

Priscila Carvalho, diretora de contas regional da Lowe, que cuida da conta do Resprin, diz que a maior preocupação com essa classe de produtos "é deixar claro ao consumidor que não estamos vendendo uma poção mágica." Antes de ser veiculada, a campanha do anti-gripal fabricado pela Janssen-Cilag - divisão farmacêutica da Johnson & Johnson - é avaliada por uma equipe jurídica e médica do laboratório e só chega ao público se for aprovada internamente.

Segundo Maria, da Anvisa, a principal infração cometida pelas campanhas publicitárias de OTCs é a dificuldade encontrada pelos consumidores em ler as contra-indicações do produto nas ações publicitárias. Em seguida, as campanhas reduzem ou até omitem os riscos do medicamento à saúde da pessoa. Outra infração recorrente é a sugestão, por parte da empresa, de que o medicamento não apresenta efeito colateral. E a gente pensando que fazer propaganda de medicamentos é fácil....rs


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