Pessoal gostaría de registrar aqui a minha surpresa, como as coisas mudam em pouco tempo...uma boa campanha e a dedicacão e fortificação de uma marca contam muito nos tempos de hoje. A minha surpresa foi passar hoje em frente a Fundação Getúlio Vargas uma das mais consagradas Universidades do Brasil, e notar diversos jovens com camisetas, bermudas ou calças jeans e havaianas nos pés ! Isso mesmo, havaíanas ! Coloridas, estampadas, lisas e de todos os modelos e principalmente os masculinos !
No meu tempo isso era brega, e vai me dizer que hoje é chique ??? Ou tudo não passa de uma grande estratégia de Marketing ?
O detalhe no calcanhar dessa havaiana, aparece: "Gol de Letra", pode não ser chique, mas essa instituição fundada pos Sir Rai e Sir Leonardo é digna de respeito!
ResponderExcluirMarcas batalham para retomar posições
ResponderExcluirNas últimas décadas, frente a uma concorrência cada vez mais acirrada, marcas internacionais tiveram de se reinventar. Afinal, ganha mais quem souber aliar criatividade com qualidade e, claro, bons planos de marketing e competência para negócios. Uma das grifes que passaram por mudanças foi a Gucci, em 2004, com a saída de Tom Ford (foi ele que reconstruiu a marca nos anos de 1990), e a ascensão da estilista romena Frida Giannini. Por razões diferentes, no Brasil a italiana Replay, fabricante de jeans classe A, a poderosa alemã Hugo Boss e a Chandon do Brasil estão lidando com mudanças. Das nacionais, a Havaianas, com um trabalho de reformulação de marketing e publicidade iniciado 12 anos atrás, mostrou é possível transformar um produto em crise num item fashion.
A Replay - cujos jeans, em São Paulo, estão à venda na Rua Oscar Freire -, é um exemplo de agilidade. Seis meses após ter entrado no país, em março de 2004, a grife detectou problemas: o negócio não estava alcançando os resultados esperados. Contratou Alejandro Chornogubsky (CEO no Brasil), profissional especializado em reerguer lojas e marcas. "Fiz um check-up da empresa: estrutura, mercado, parte econômica. Aí desenhei as ações, houve mudança na direção geral, adaptei as estruturas internas para as atividades do momento, redefini funções".
Outra medida foi cuidar da roupa, pois havia produtos de alta qualidade misturados a peças sem o padrão internacional. "O problema estava no percentual de peças feitas aqui. Não havia fluxo de serviços, os fornecedores não atendiam as pautas, e moda é uma coisa que exige qualidade rígida. Hoje o design para o Brasil é desenvolvido na Itália, e a confecção é um mix (pode ser feita no Leste Europeu, nas Ilhas Maurício), mas o produto tem a mesma qualidade do que você compra em Londres". As ações mexeram nos preços. Uma calça foi de R$ 330, 00 para R$ 550,00. "O consumidor reagiu com prudência, mas a marca não sofreu. Quem já era público da Replay achou positiva. E apresentamos a Replay a quem não a conhecia", diz ele.
A Replay teve de construir autonomia financeira. No segundo trimestre de 2005, "os números já eram mais convincentes", diz o CEO. Com isso, chegou a hora de programar ações de marketing e fazer projetos (ele anuncia mais uma loja em São Paulo em 2007).
Um fenômeno de venda também é capaz de alterar algo no curso de uma empresa. A Chandon do Brasil (grupo LVMH) vem desenvolvendo produtos, cujo carro-chefe é o espumante Chandon Brut, e construindo sua história desde 1973. Como explica Martin Pereira Rozas, gerente da marca, nesse ramo inicialmente a produção é limitada, demora no mínimo três anos para chegar ao mercado. "Cada ano é de aprendizado exponencial, pois a terra é única em cada lugar", diz.
No fim dos anos 90, um fato novo: lojas e supermercados foram inundados por um tipo de bebida que seduziu muita gente: o prosecco. Virou uma febre, comparável, segundo Martins, àquela moda relacionada ao vinho branco de garrafa azul. E mesmo que o "boom" não tenha penalizado as vendas da Chandon, como afirma Rozas, interferiu no curso do trabalho da empresa. "Aconteceu uma espécie de contaminação de categorias, quer dizer, parte dos compradores confundiu os produtos. O prosecco é uma bebida para um momento diferente do espumante, e isso não estava muito claro", diz.
Neste momento, a palavra reposicionamento para a Chandon é sinônimo abrir os olhos do consumidor, trabalhar sua aculturação e contribuir para que conheça melhor o produto. E a empresa decidiu fazer isso desenvolvendo, a partir de 2003, eventos e ações com enólogos, celebridades. "É um trabalho de formiga, mas que permanece", garante Rozas. Os resultados já aparecem. Se em 2002 a firma vendeu 1,43 milhão de garrafas, em 2005 foi 1,93 milhão. "O mercado pode crescer muito mais, e isso depende de cultura, não de moda", conclui.