28 de maio de 2008

Case Camisereria

E já que hoje vou ouvir falar muito sobre Case lá na ESPM, acho que já podia adiantar um Case muito bacana para os leitores do Reality, trata-se do Case da Camiseteria uma idéia que deu muito certo, confira...


Por Bruno Mello direto do Mundo do Marketing:

A música de Gilberto Gil pergunta com que roupa eu vou e diz que o dinheiro não é fácil de ganhar. Sem capital, uma idéia de Fabio Seixas e Rodrigo David deu samba. Pela Internet, eles vendem camisetas e estão faturando mais de R$ 1 milhão por ano.

O modelo é simples. Os próprios consumidores sugerem as estampas, os internautas votam nas que mais gostam e as que têm melhor posição no ranking são produzidas.

O negócio surgiu quando o designer Rodrigo Davi participou de um concurso nos mesmos moldes no site Threadless em 2004. Um ano depois, ele e seu amigo colocavam no ar o site de comércio eletrônico Camiseteria.com. Na época, eles trabalhavam no Ibest. O estoque era na casa de Fabio. Tiravam os pedidos durante a madrugada e entregavam na hora do almoço.

No início, eles tinham menos de R$ 10 mil para tocar o novo negócio. Para financiar o empreendimento, criaram o que chamaram de financiamento criativo. “Criamos um Clube Vip”, conta Fabio Seixas. “Chamamos os nossos amigos, mostramos o projeto e oferecemos os produtos antes de lançar pela metade do preço. A pessoa comprava o vale compras de um produto que ele não tinha visto, não sabia como seria, mas tinha confiança no que estávamos fazendo. Com isso, vendemos 230 kits com seis peças que financiaram o negócio”, explica o sócio.

Agora, em menos de três anos, eles vestem a camisa do sucesso com um modelo de negócio sonhado por muitas empresas. “Praticamente não temos risco, uma vez que não produzimos algo que o consumidor não queira”, diz Seixas (foto). “É uma subversão do mercado de moda atual porque o consumidor cria e diz o que quer”, afirma. Assim, praticamente não há encalhe de estoque do Camiseteria.

Modelo de negócio subversivo
Por mês, são produzidas até 12 modelos de camisetas, o que deve saltar para 16 ao longo deste ano. Isso quer dizer que a marca lança praticamente uma coleção a cada 30 dias. O que sai da fábrica terceirizada é colocado nas prateleiras virtuais a cada 15 dias. Se uma grife passa sempre pelo dilema de saber o que vai ou não vender, no Camiseteria a história é diferente. Uma vez que os consumidores votam nas melhores peças, eles vendem apenas o que o consumidor quer.

Estratégia de Marketing
Como o Camiseteria é uma marca que não tem estilista, o consumidor é tratado como um agente do negócio. “O usuário é parte central do projeto”, ressalta Seixas. A participação do consumidor em todo o processo é reconhecida com promoções, descontos e até remuneração em dinheiro, sem contar a experiência única de ver a sua criação vestindo as pessoas nas ruas.

Para ganhar novos consumidores, o site também patrocina eventos ligados ao mundo digital, faz parcerias com outros sites, links patrocinados, tem um programa de fidelidade, mas a principal forma de divulgação é o usuário e as ações de viralização. “Os próprios usuários divulgam e chamam os amigos”, informa Fabio Seixas, outro divulgador da marca que só veste camisa do Camiseteria.

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