16 de abril de 2006

Excelente Dica


A série Balanço do Século XX leva o telespectador a uma reflexão e ampliação do conhecimento sobre a história contemporânea com perspectiva no século XXI. Realizado no espaço cultural da sede da CPFL, em Campinas, as palestras reúnem a elite intelectual do país e falam de encontros, perdas, reencontros, vida cotidiana e comportamento no século XXI. Além disso, abordam as grandes questões do pensamento, as novas formas de percepção da arte, o futuro, o comportamento e o amor. Sábado - 00h30 TV CULTURA.
Ontem o programa estava falando de blog e a comunicação online, com o presidente do jornal " El dia" da Espanha, foi muito legal !

2 comentários:

  1. Anônimo1:38 PM

    Nova geração cria conteúdo e compete com a mídia

    Vamos começar por admitir que as pessoas maduras sempre se sentiram aterrorizadas pelos adolescentes - pelo barulho, sua energia à velocidade da luz, a libido hiperativa. Há sinais em toda nossa história cultural. Pense no cinema, desde "The Warriors - Os Selvagens da Noite" até "Sementes da Violência". Pense no alvoroço gerado pelas "flappers", as jovens que afrontaram as roupas e comportamentos convencionais na década de 20. Pense em "Romeu e Julieta".

    Esse medo facilmente transpõe-se para os domínios da mídia. A versão de ontem era de que o jogo eletrônico "Grand Theft Auto" e as letras das músicas de rap tornariam os adolescentes em violentos criminosos maníacos sexuais. A versão atual, ligeiramente mais intelectual, agora é: os adolescentes são bons demais em absorver novas tecnologias e muito habilidosos em processar fluxos multidimensionais de informações. Seus cérebros estão ficando muito grandes. Em breve, eles estarão muito à frente de nós, os soterrados adultos. (Isto, presumivelmente, é o progresso.)

    Os que trabalham na mídia e buscam bases realistas para seu próximo ataque de pânico, devem levar em conta o seguinte. Os adolescentes de hoje são os primeiros cujo conteúdo criado por eles próprios concorre com mídias voltadas para adolescentes, como os jogos eletrônicos. Agora há meios amplos e abertos pelos quais eles podem criar e compartilhar seu material, sejam seus sites pessoais; programas de gravação de músicas; e ferramentas de design encontradas em vários computadores ou sites como o myspace.com. A mídia estabelecida precisa lidar com o fato de que sua próxima geração de consumidores também será sua concorrência.

    "A geração com menos de 25 é a primeira a crescer vendo sua vida inteira em vídeo", observa o executivo-chefe da Bolt Media, Aaron Cohen. A empresa é dona do site bolt.com, voltado a adolescentes e pessoas na faixa dos 20 anos, cujos vídeos que estes elaboram sobre, vamos dizer, seus piercings na língua, são a grande atração. (Esta geração também cresceu com os "mash-ups", em que diferentes músicas são digitalmente reconstituídas em novas canções. "À medida que você cresce vendo sua vida, você que ser (visto)", diz Cohen. Nem todos querem uma audiência gigante, "mas todos querem uma audiência", ressalta. Mantê-la pequena é fácil: os usuários podem assegurar-se que seus vídeos inseridos no bolt.com sejam vistos apenas pelos amigos da internet mais íntimos.

    Sinais da tendência de hoje haviam emergido em eras passadas. A revolução dos fanzines, publicações próprias de aficionados dos mais variados temas, explodiu nos anos 80 e 90, particularmente entre os mais jovens. Nesses idos, os mais antenados poderiam criar uma esfera mediática só desses fanzines e, vamos dizer, das bandas punk de pequenos selos. Era necessário conhecer pessoas que conhecessem pessoas. Era necessário escavar em pilhas de discos. Era necessário saber quando você poderia ouvir bandas alternativas em estações de rádio universitárias. Agora, ficou mais fácil criar e compartilhar esse universo mediático. Sarah Chubb, presidente da Condénet, braço na internet da editora Condé Nast Publications, compara sites de relacionamento social às exageradas decorações das agendas e dos quartos dos adolescentes. "Nos velhos tempos, (os amigos) viam o quarto ou a agenda. Agora eles podem ver, comentar e mudar."

    Por motivos como esse, os executivos de empresas como a Condé Nast, editora da revista "Teen Vogue", passam horas e horas tentando descobrir novas formas de alcançar os adolescentes. A CondéNet prepara um novo site para adolescentes, sobre o qual Chubb mantém silêncio. A America Online lançará uma série de ferramentas e serviços para que seu altamente difundido serviço de mensagens on-line AOL Instant Messenger ganhe ares do MySpace, site de relacionamentos sociais no estilo do Orkut.

    Esses esforços valem a pena, não estão longe de ser uma certeza em atrair os adolescentes, cuja lealdade a marcas estabelecidas de mídia é tênue. "Eu prefiro usar o (site de relacionamentos sociais) myyearbook.com", diz um adolescente de 17 anos. "É muito mais divertido do que assistir TV. Você pode fazer muito mais". O adolescente é David Cook e sua visão pode ser um pouco tendenciosa, já que há um ano, ele, sua irmã mais nova e o irmão mais velho lançaram o myyearbook.com. Cook, que mora nas aforas de Princeton, Nova Jersey, freqüentemente dá calorosas declarações sobre sua imensa vontade de derrotar o MySpace. Ele ainda não conseguiu. Mas o myyearbook.com, lançado em maio passado, atraiu 2,3 milhões de visitantes no mês passado, ante o 1,7 milhão de novembro. Os adolescentes não apenas podem concorrer agora na criação de conteúdo, como também podem concorrer no próprio negócio. Os adultos deveriam ficar horrorizados.

    ResponderExcluir
  2. NOssa, essa matéria que meu grande amigo Sergio adicionou é perfeita e nos faz refletir a respeito de como anda o Mundo e como os adolescentes estão conquistando cada vez mais o seu espaço, com suas mentes brilhantes e com a tecnologia de alto nível...para nós, futuros publicitários, devemos prestar atenÇão cada vez mais nisso e em suas tendências...muito bom, obrigada por sempre colaborar !

    ResponderExcluir