21 de junho de 2006

Notícias de Cannes

O Brasil conquistou 12 Leões nas cinco competições finalizadas até o momento nesta edição do Festival Internacional de Publicidade de Cannes. São seis em Radio Lions (2 Prata e 4 Bronze), quatro em Outdoor (2 Prata e 2 Bronze), um tanto em Media como em Direct. Não houve conquista de Leões na estreante premiação de Promo Lions. Restam ainda os resultados em Press - que informações nao oficiais dão conta de que o País conquistou 5 Leões-, Cyber, Film e Titanium. Comparado com os 42 Leões conquistados pelo Brasil em 2005, tudo indica que esse ano a performance brasileira, pelo menos quantitativamente será bem menor.

3 comentários:

  1. Anônimo9:37 AM

    Na Copa de Cannes, Brasil é eliminado nas quartas de final

    A seleção brasileira de futebol caiu nas quartas de final. Foi eliminada pelos portugueses pelo elástico placar de 4 a 3 no torneio de futebol do Festival de Cannes, na França. O campeonato aproveita o clima de Copa do Mundo que contagia publicitários e anunciantes dos 81 países que participam do 53º Festival Internacional de Publicidade de Cannes.

    O torneio contou com a participação de 15 seleções em times formados pelos jovens criativos - os young creatives - e teve patrocínio da Adidas. A fabricante alemã de material esportivo colocou placas de publicidade estática em torno da arena em que os jogos de futebol de praia foram disputados. A seleção vencedora vai receber um Leão de Ouro - prêmio concedido às melhores campanhas publicitárias do festival.

    ResponderExcluir
  2. Anônimo10:15 AM

    Brasil concorre com 21 filmes publicitários no festival

    O Brasil teve 21 filmes selecionados para a premiação da categoria Film do 53º Festival Internacional de Cannes. Esta é uma das categorias mais esperadas pelos publicitários brasileiros e o resultado das campanhas premiadas será divulgada hoje pela manhã.

    Uma das principais apostas dos brasileiros que estão em Cannes é o filme criado pela Duda Propaganda para o guaraná Antarctica que tem Diego Armando Maradona vestido com a camisa da seleção brasileira e entoando o Hino Nacional do Brasil. Embora a torcida seja grande, não quer dizer que o filme esteja bem contado entre o júri do festival, segundo um publicitário brasileiro. "É uma campanha muito bacana, mas é também de apelo muito regional", disse a fonte.

    Até ontem, o Brasil já tinha conquistado cinco Leões de ouro, oito de prata e 13 de bronze. Ainda faltam a divulgação dos prêmios na categoria Film, hoje, e da categoria Titanum (para campanhas que englobam várias mídias) - este último será divulgado amanhã.

    Apesar da boa performance do Brasil no Festival, a discussão pública travada entre a agência Giovanni FCB e o seu ex-diretor de criação, Fernando Campos, movimentou os corredores do Palais des Festivals, onde acontece o evento.

    A Giovanni não reconheceu o Leão de Bronze conquistado com a campanha criada por Campos para a ONG Ipas. Segundo a agência, a campanha foi inscrita à sua revelia e a Giovanni queria devolver o prêmio. O imbróglio gerou uma profusão de notas oficiais, tanto por parte da agência quanto por parte do publicitário. O prêmio não foi devolvido e, procurada, a organização do Festival não se manifestou.

    ResponderExcluir
  3. Anônimo11:10 AM

    Não bastasse a seleção ter feito um verdadeiro papelão, ainda temos que aturar mais um fracasso, desta vez no meio publicitário... somos verdadeiros perdedores... somos porcos, brutos e breves... convivemos com juros altos... a comunicação se realiza via (BLARGH) Orkut, violência, desigualdade... cambada de mercenários que deixaram muitos pra baixo...

    Fracasso em Cannes faz publicidade rever modelo

    País teve o pior desempenho no festival desde 2002, levando apenas 29 leões

    Desgaste do formato brasileiro de negócio, que passa pela "regionalização" das campanhas, afeta a performance do país

    Mesmo após o seu término no sábado, dia 24, o 53º Festival Internacional de Publicidade de Cannes continuou a ser palco de novos constrangimentos por parte dos brasileiros envolvidos na disputa.

    Além do fato de ter conquistado apenas 29 leões -o pior resultado dos últimos quatro anos- e de ter ganho um prêmio com uma campanha "fantasma", o país se envolveu em mais tropeços nesta semana.

    Um dos filmes publicitários premiados com o Leão de Bronze pode perder o prêmio. Isso porque a peça foi inscrita em 2005 e em 2006 no festival. Isso é proibido.
    Publicitários brasileiros fazem um "mea culpa" a respeito do desempenho em Cannes, dizem que as agências estão amarradas em modelos ultrapassados e afirmam que os "criativos" -jargão para os profissionais que criam as campanhas- precisam sair do óbvio.

    Eles criticam o trabalho de produção de filmes publicitários no Brasil, que recebe parcos investimentos dos clientes, e citam a Argentina como parâmetro de qualidade.

    "Há um desgaste do modelo brasileiro. Nosso humor é o mesmo de anos atrás. Além disso, temos uma publicidade regionalizada, ou seja, que trata de questões locais. O mundo não se identifica com o que fazemos, nem Cannes, obviamente", diz Jader Rosseto, vice-presidente de criação da Fischer América e membro do júri de filmes do festival.

    O Brasil somou 29 Leões e 277 pontos na edição de Cannes 2006. Em 2005, foram 42 prêmios e 363 pontos. O resultado deste ano é o pior em número de pontos e de Leões dos últimos quatro anos -em
    2002 foram 24 leões e 282 pontos.

    A Folha obteve os dados relativos ao desempenho do país no período de 2000 a 2006. Não houve queda no número de inscrições nas categorias em que o país se destaca mais (como anúncios e filmes) ou ocorreram mudanças no critério de classificação do material -o que poderia afetar o resultado.

    Na avaliação dos publicitários ouvidos pela Folha, a questão esbarra em fatores que não se restringem à atuação dos profissionais e às suas criações.

    Há pontos relevantes como a falta de liberdade para arriscar -diante de um cliente temeroso em errar- e a limitação da verba (por parte dos clientes) para certos investimentos, como a produção.

    A "ditadura das pesquisas de mercado", no passado utilizadas como um norte para as agências entenderem a eficiência do material criado, também acabou restringindo a capacidade de inovar, avaliam eles.

    Para Roberto Dualibi, um dos sócios da DPZ, agência que ganhou um Leão de bronze na categoria impressos, "o desempenho do Brasil não foi tão ruim". Na análise de Dualibi, "é preciso lembrar que inscrever material em Cannes é caro e os diretores financeiros das agências estão muito mais rigorosos na liberação dessa verba", afirmou. "Discutimos aqui essa questão de como se arriscar a ser criativo e, ao mesmo tempo, fazer campanha para vender. Não achamos que isso seja uma escolha. É possível conciliar as questões."

    Fatores operacionais

    Na avaliação de Tomás Lorente, vice-presidente de criação da Young & Rubicam, a maior agência do Brasil, fatores operacionais podem interferir no produto final e isso tem ocorrido nos últimos anos. "Às vezes há excelentes idéias, mas pelo prazo a ser seguido e pelo tempo determinado para executar o trabalho, o resultado pode ficar comprometido."

    Um dos pontos mais citados por publicitários é a chamada "regionalização" das campanhas. Como tratam de costumes locais, podem ser eficientes no Brasil como ferramenta de mídia, mas serem incompreensíveis a outros públicos.

    Neste ano, o país foi personagem de momentos embaraçosos na competição. A agência Giovanni, FCB devolveu Leão de Bronze na categoria anúncios porque entendeu que a peça era "fantasma" -não havia sido publicada e, portanto, não poderia concorrer.

    A criação era de antigos profissionais da empresa, que encaminharam o material a Cannes. A direção da Giovanni solicitou a retirada da peça da competição, mas, por "falha na comunicação interna", a retirada não aconteceu.

    Dias após esse fato, na semana passada, a Lew, Lara foi questionada sobre o fato de ter ganho, equivocadamente, um Leão de Bronze com o filme publicitário para o grupo Schincariol. A peça já tinha concorrido em 2005 com o título "Glass". Neste ano, entrou com o título "Ilusão de ótica".

    O regulamento proíbe reinscrição. A empresa diz que desconhecia esse fato e que solicitará uma posição da organização do festival. Não há informação de que isso tenha sido feito oficialmente ainda.

    ResponderExcluir