11 de agosto de 2008

Homenagem aos 40 anos de DPZ


A agência DPZ, compeltou seus 40 anos no ano de 2008, comemorações não faltaram, clientes que caminham juntos desde o início, muito menos, para prestar uma homenagem resolvi postar esta maravilhosa entrevista da Revista Carta Capital de julho, onde conta o hoje, o presente e um poquinho do que pretende para o futuro...


Algumas das maiores referências da publicidade, como o garoto da Bombril, o leão do Imposto de Renda, o logotipo do Itaú, o baixinho da Kaiser e o S da Sadia, fazem parte da história da agência DPZ, fundada em 1° de julho de 1968 pelo trio Roberto Duailibi, Francesc Petit e José Zaragoza. Ao completar 40 anos, com um crescimento de 22% no primeiro semestre de 2008, o que a empresa mais comemora é o fato de ser uma das poucas grandes do setor a sobreviver sem capital estrangeiro.

CartaCapital: Quais foram as mudanças mais sensíveis que o senhor percebeu, ao longo dos anos, no mercado publicitário brasileiro?
Roberto Duailibi: Há 40 anos procuramos manter o espírito de 1968, de confronto e rebeldia, que é fundamental. E o prazer de ver um trabalho bem-feito. Mas a situação mudou muito, nos últimos anos. A regulamentação, que garantia a dignidade do trabalho, perdeu o vigor, sob pressões das multinacionais. Houve também uma invasão de lobistas na profissão, gente sem tradição publicitária que quer aproveitar as verbas governamentais. É uma concorrência muito dura.

CC: Como a DPZ mantém a independência diante da concorrência estrangeira e dos lobistas?
RD: Sobrevivemos com dignidade. Nos consideramos proletários da criação. Eu ainda escrevo, o Petit desenha, o Zaragoza desenha e fotografa. Atendemos os clientes pessoalmente. Continuamos com a mão na massa e muita disposição. Uma lição que damos é que nesta profissão não existem pessoas mais velhas, são todos jovens.

CC: Surgiram propostas de compra e associação com outros grupos?
RD: Tivemos, até agora, umas 30 ofertas para vender ou nos associar. Preferimos outro caminho, de sermos sócios de uma empresa estrangeira.Temos 49% da operação da Dentsu, que é a maior agência do mundo, na América Latina. Assim a empresa brasileira não perde sua dignidade nem a virilidade.

CC: Abrir o capital da empresa seria uma maneira de ganhar musculatura para brigar?
RD: Nosso negócio ainda é pequeno para o mercado de capitais. Mas é uma possibilidade. Na Inglaterra e nos EUA, há grupos publicitários grandes no negócio. E algo que avaliamos, mas não deixamos que seja uma preocupação maior do que a boa criação. Encaramos a profissão mais como uma prestação de serviços do que como um negócio em si. Por isso, trabalhamos sem preocupação de fazer relatórios para patrões ingleses ou americanos.

Um comentário:

  1. helena,

    Mandou muito bem. Adorei a entrevista! Ate postei no twinter uma passagem da entrevista!

    Abs


    Varal

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