22 de novembro de 2006

A N V I S A discute proibição de propagandas de alímentos infantis

Nota que saiu hoje no Jornal Folha de São Paulo, vale a pena acompanhar...
Eu acho que cada vez mais a Propaganda volta aos anos de censura, como se as mães não soubessem dos componentes dos alímentos e que talvez, cause obesidade, por exemplo, as crianças de hoje também não brincam mais na Rua, de coisas que eu brinquei muito,assim como: Esconde-esconde; pega-pega, barra manteiga, taco; não colecionam mais figurinhas, super trunfo e só querem saber de Playstation e Internet, em breve, irão proibir a propaganda do segmento eletrônicos como os videogames, alias Playstation virou sinônimo para videogame, e eu digo, que saudade do ATARI. (Reality Publicidade)
Agência Nacional de Vigilância Sanitária discute restringir propaganda de alimentos e defende alertas sobre problemas de saúde.
Depois de aprovadas, as medidas valerão para os produtos com quantidades elevadas de açúcar, sódio e gorduras saturadas e trans. Após quase dois anos de discussão, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) colocou em consulta pública a proposta de resolução que limita regras de publicidade de alimentos, com foco especial em anúncios para crianças.
Entre as sugestões estão: 1) proibir a divulgação de brindes voltados a crianças e condicionados à compra de alimentos, assim como a distribuição de amostras grátis; 2) determinar que a publicidade traga alertas, como "O consumo excessivo de açúcar aumenta o risco de desenvolver obesidade"; e 3) limitar a propaganda no rádio e na TV entre as 21h e as 6h.

O prazo da consulta pública começou na semana passada e se estenderá por 60 dias. Depois a Anvisa realizará audiência pública e finalizará o texto.

Só aí as regras passarão a valer. A gerente de monitoramento e fiscalização de propaganda da Anvisa, Maria José Delgado, diz que a proposta decorre da recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) e de indicadores epidemiológicos, que apontam aumento de doenças crônicas, como diabetes e obesidade, em parte causado por maus hábitos alimentares.


3 comentários:

  1. Pesquisa reprova 24% dos hambúrgueres

    Congelados possuem taxas entre 4% e 10% de gordura trans; OMS recomenda que a ingestão diária não ultrapasse 1% da dieta

    Onze das 21 marcas do produto analisadas por estudo da Pro Teste também tiveram rotulagem considerada ruim

    CLÁUDIA COLLUCCI
    DA REPORTAGEM LOCAL

    Quase um quarto dos hambúrgueres congelados tem excesso de gordura trans, revela pesquisa da Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor). Esse tipo de gordura aumenta a quantidade de colesterol ruim no organismo e é um fator de risco para doenças cardiovasculares.

    Das 21 marcas de hambúrgueres avaliados, cinco possuem taxas de gordura trans que variaram de 4% a 10%. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que a ingestão diária dessa gordura não ultrapasse 1% da dieta. O hambúrguer da marca Great Value (Wal-Mart), por exemplo, tem até dez vezes mais "trans" do que o máximo estipulado pela OMS, segundo a Pro Teste. As marcas CompreBem, Frimesa, Extra e Da Granja tiveram índices de 9%, 7%, 6% e 4% respectivamente.

    As marcas contestam os resultados.
    Segundo Alexandra de Macedo, coordenadora da área técnica de produtos da Pro Teste, além de os hambúrgueres de carne bovina terem mais gordura, o problema é que algumas marcas acrescentam gordura vegetal hidrogenada (um tipo de gordura trans). "E o pior é que, muitas vezes, não informam isso no rótulo", diz.

    Algumas das marcas ainda não trazem a quantidade de gordura trans nos rótulos. A alegação das empresas é que os produtos foram fabricados antes de 31 de julho último, quando a informação passou a ser obrigatória, segundo determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Para Jocelem Salgado, pesquisadora e professora titular da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP, o ideal é que as empresas deixassem de fabricar alimentos com gordura trans, pois não existe "um mínimo recomendado". Os consumidores, explica Salgado, devem se atentar ao rótulo e evitar os produtos com esse tipo de gordura. "Salgadinhos de pacotes, biscoitos recheados, massas de bolos, tortas, sorvetes, pipoca de microondas, batata frita de fast-food, tudo isso também tem muita gordura trans."

    A veterinária Érika Rodrigues, 26, diz que está atenta. "Já tive uma alta taxa de colesterol e evito produtos com gordura trans. Por isso, só compro hambúrguer light." Porém, há quem esteja mais preocupado com o preço. "Não costumo olhar nem o rótulo. Compro hambúrguer pela promoção, o mais barato", diz o motoboy Luiz Novaes Santos.

    Outros problemas

    Onze das 21 marcas analisadas pela Pro Teste tiveram rotulagem considerada ruim. Na maior parte, as datas de fabricação e de validade do produto estavam gravadas em relevo, o que dificultava, quando não impedia, a leitura. "Como os produtos são congelados, o papelão da caixa amolece e torna mais difícil a leitura. Na prática, é como se não informasse as datas", explica Macedo.

    No caso da marca Kilo Certo, o peso declarado da caixa de hambúrguer estava longe da realidade: constava 448 g e só tinha 425 g. "Isso dá uma diferença de quase meio hambúrguer por pacote", diz a coordenadora da Pro Teste.

    Havia água em excesso em seis das marcas avaliadas, o que também significa prejuízo ao consumidor porque o produto fica mais pesado. "Em vez de mais carne, o consumidor está comprando água."

    Segundo a coordenadora, é normal adicionar um pouco de água para impedir o aumento excessivo da temperatura durante a moagem, evitar a desidratação do produto e melhorar a viscosidade. O problema é a quantidade excessiva, que acaba lesando, do ponto de vista econômico, o consumidor.

    Empresas dizem seguir as normas exigidas

    DA REPORTAGEM LOCAL

    As empresas que detêm as marcas avaliadas pela Pro Teste afirmam que os seus hambúrgueres atendem às normas exigidas pelo Ministério da Agricultura e que desconhecem os critérios adotados no recolhimento, no transporte e na análise dos produtos avaliados.

    O Wal-Mart Brasil afirmou por meio de nota que segue todos os padrões exigidos pela legislação e que, "de acordo com laudos periódicos solicitados pelo fornecedor do hambúrguer Great Value, o produto contém 0,7% de gordura trans".

    O Grupo Pão de Açúcar, que detém as marcas Extra, Compre Bem e Sendas, afirma que garante a qualidade de seus produtos por meio de vários mecanismos de análise e controles internos e externos realizados por órgãos sérios e indepen- dentes.

    Segundo o tecnólogo em alimentos Clovis José Gonçalves, da marca Frimesa, a empresa não utiliza gordura vegetal hidrogenada. "Resultados de análises de gordura trans, realizados por laboratórios independentes e credenciados pelo Ministério da Agricultura, indicam valores abaixo de 0,5% [de gordura trans]."

    A Kilo Certo afirmou que houve um erro de calibragem em uma das máquinas que aferia o peso líquido do hambúrguer, o que levou o produto a ser comercializado com um peso inferior ao esperado. A empresa diz que o problema foi corrigido.

    Sobre a ausência de informações sobre a quantidade de gordura trans, a Kilo Certo alega que os produtos fabricados entre fevereiro e abril de 2006 ainda seguiam a antiga resolução da Anvisa, que não obrigava a informação.

    As demais marcas não quiseram comentar a pesquisa sob a alegação de que não a receberam.

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  2. Anônimo12:14 PM

    O comentário feito justifica as iniciativas de controle de qualidade nos alimentos e remédios. Alguns dos muitos pecados consumados contra a saúde do consumidor incauto, que muitas vezes, compra o produto iludido pelos reclames publicitários.

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  3. Anônimo12:15 PM

    O comentário feito justifica as iniciativas de controle de qualidade nos alimentos e remédios. Alguns dos muitos pecados consumados contra a saúde do consumidor incauto, que muitas vezes, compra o produto iludido pelos reclames publicitários.

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